A pouco mais de um ano para o início do calendário oficial das eleições de 2022, já é possível rabiscar cenário para a sucessão do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), cargo mais cobiçado do Estado.

Apesar de não poder contar com Azambuja, que cumpre seu segundo mandato, a eleição deverá reunir pesos pesados da política estadual. O MS em Brasília faz projeções para a disputa em que aparecem ao menos cinco eventuais postulantes.

Além do possível candidato governista, o atual secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, há expectativa sobre a entrada no páreo do senador Nelsinho Trad (PSD), da senadora Simone Tebet (MDB), da deputada federal Rose Modesto (PSDB) e do deputado estadual Capitão Contar (PSL).

Secretário Eduardo Riedel: deve ser candidato do Governo

Antes de formalizar lugar na sucessão estadual, no entanto, haverá muitas trocas de partido. A deputada Rose Modesto, por exemplo, está com tudo pronto para deixar o PSDB em direção ao Podemos, onde já estaria atuando em estratégias internas com vistas a 2022.

Simone Tebet, que sofreu derrota humilhante na eleição para presidência do Senado, sente-se desconfortável no MDB, embora seja desejo do partido tê-la na disputa do Estado. Outro que deverá buscar abrigo novo é Contar, cuja saída do PSL está nas mãos da Justiça Eleitoral.

Eleição de ideias

MS em Brasília conversou com o jornalista campo-grandense Antonio Carlos Teixeira, que cobriu o Congresso Nacional por duas décadas, das quais sete anos como repórter especial do jornal Correio do Estado.

Para ele, a sucessão estadual não dará espaço a curiosos, oportunistas e a candidaturas de ocasião. “Será um confronto de ideias em que o conteúdo do candidato terá grande valor para o eleitorado”, resume. “Os mandatos do Reinaldo têm sido muito bons e não podemos recuar”.

Senadora Simone Tebet: encerra a carreira política?

Segundo o jornalista, a lógica indica que o candidato do governo tem lugar certo no segundo turno. “O secretário Riedel tem perfil que o eleitor buscará cada vez mais. Vai chegar quieto, como é seu estilo, mas forte eleitoralmente”, avalia. “Ainda terá o trunfo maior, que são as mudanças econômicas e sociais ocorridas a partir de 2015”.

Teixeira aponta para o senador Nelsinho Trad (PSD) como alguém que está de olho na vaga de Azambuja. “Ele não dá um passo em Brasília sem pensar no Governo”, diz o jornalista, que foi também assessor de comunicação adjunto da Receita Federal em Brasília, da Comissão de Orçamento do Congresso e da Comissão de Impeachment de Dilma Rousseff, no Senado.

Deputada Rose Modesto: de saída do ninho tucano

O profissional alerta para o estilo individualista da família Trad, o que pode prejudicar as pretensões do irmão mais velho, no momento de formalizar alianças. “Os Trad são muito individualistas. Pensam só neles. Os próximos passos deles são sempre com eles à frente. Na teoria, Nelsinho deveria apoiar o candidato do governo, que o elegeu senador, mas isso nunca ocorrerá”, argumenta.

Senador Nelsinho Trad: individualismo é marca dos Trad

Musculatura política

O jornalista descarta possível candidatura da ministra da Agricultura, Tereza Cristina Corrêa da Costa (DEM). “A ministra tem demonstrado que não quer o Executivo. Antes do Estado, ela pode ter ascensão nacional como vice do presidente Jair Bolsonaro na campanha de reeleição”, avalia.

Ao analisar eventual candidatura do Capitão Contar, Teixeira diz que o fato de ele não ter disputado a Prefeitura de Campo Grande, como havia planejado, pode atrapalhar o projeto do bolsonarista. “Contar é uma das mais expressivas lideranças jovens que surgiram no Estado nos últimos anos”, aponta.

Capitão Contar: potencial represado

Mas, segundo o especialista, o parlamentar pode não ter musculatura suficiente para encarar o Governo do Estado. “A rasteira que recebeu do deputado Loester Trutis na disputa pela prefeitura de Campo Grande o fez perder tempo e espaço para se projetar”, pondera.

Outro que talvez não tenha musculatura para disputar o Governo é o secretário de Saúde, Geraldo Rezende (PSDB). “Não creio que tenha condições. Pode pensar no Senado. Mas também é disputa difícil”, avalia, descartando igualmente o vice-governador Murilo Zauith (DEM), a quem considera “político insosso”, pouco companheiro, sem vida própria”.

Waldeli dos Santos Rosa: bom gestor

O jornalista cita o ex-prefeito de Costa Rica Waldeli dos Santos Rosa (MDB), a quem considera, além de bom gestor, pessoa com visão política acima da média. “É um político que deveria disputar o Governo justamente para que o eleitor passasse a conhecê-lo melhor”, sugere.

Senado aberto

A eleição de 2022 abrirá uma vaga ao Senado, hoje ocupada pela senadora Simone Tebet, que vai precisar renovar o mandato se quiser continuar em Brasília. A emedebista, no entanto, pode decidir abandonar a carreira por questões familiares, sobre as quais evita entrar em detalhe.

Ex-senador Moka: entre o Senado e a Câmara em 2022

Sem Simone, a vaga ao Senado estaria “solta”, ainda mais se Reinaldo Azambuja decidir se afastar da política. O ex-senador Waldemir Moka (MDB) pode ser um dos que pretende retornar à Câmara Alta, onde esteve entre 2011 e 2018. “Até onde se sabe, Moka tem projeto de disputar vaga de deputado federal”, afirma.

A vaga pode interessar ao único parlamentar sul-mato-grossense que dá apoio declarado ao presidente Jair Bolsonaro em Brasília. Trata-se do deputado federal Dr. Luiz Ovando (PSL). “O dr. Ovando tem perfil para o Senado. Também deve ser mais um a deixar o PSL e buscar outra agremiação”, prevê.https://googleads.g.doubleclick.net/pagead/ads?guci=2.2.0.0.2.2.0.0&client=ca-pub-3704279592142497&output=html&h=280&adk=144910138&adf=1912774059&pi=t.aa~a.369024205~i.58~rp.4&w=750&fwrn=4&fwrnh=100&lmt=1612635790&num_ads=1&rafmt=1&armr=3&sem=mc&pwprc=3203173511&psa=0&ad_type=text_image&format=750×280&url=http%3A%2F%2Fwww.msembrasilia.com%2F2021%2F02%2F04%2Fsucessao-de-reinaldo-deve-confrontar-pesos-pesados-da-politica-estadual%2F%3Ffbclid%3DIwAR0GmdFG8kpgVRlyaSXGMNAcN20FkETxUrImESUra_98TfGJxUaS8lnk_ec&flash=0&fwr=0&pra=3&rh=188&rw=749&rpe=1&resp_fmts=3&wgl=1&fa=27&adsid=ChAIgJn5gAYQze31ubyaiP19EkwA2vGA9jCR2Bw0V1SlyMX812wawMNVfD2F3Mwfq7Y5anqRhKGY-YHvec0xSzspRNnGcmVkQ_R1Jt0WXCHZwBB2oAqFBCejXfOyYy90&dt=1612635582674&bpp=4&bdt=3265&idt=5&shv=r20210202&cbv=r20190131&ptt=9&saldr=aa&abxe=1&cookie=ID%3Dc9a1ac29ea1b62a7-220ae670b3b800c6%3AT%3D1612638431%3ART%3D1612638431%3AS%3DALNI_Ma4UzqM-GIS5Wx9mEwN9sdvUS-2ww&prev_fmts=0x0%2C300x250%2C300x250%2C1263x521&nras=3&correlator=4971236745973&frm=20&pv=1&ga_vid=1299417937.1612635581&ga_sid=1612635582&ga_hid=719229292&ga_fc=0&u_tz=-180&u_his=1&u_java=0&u_h=720&u_w=1280&u_ah=680&u_aw=1280&u_cd=24&u_nplug=3&u_nmime=4&adx=62&ady=6149&biw=1263&bih=521&scr_x=0&scr_y=4088&eid=21068769%2C21068893%2C21065724&oid=3&pvsid=2390792394804633&pem=830&ref=https%3A%2F%2Fl.facebook.com%2F&rx=0&eae=0&fc=1408&brdim=0%2C0%2C0%2C0%2C1280%2C0%2C1280%2C680%2C1280%2C521&vis=1&rsz=%7C%7Cs%7C&abl=NS&fu=8320&bc=23&jar=2021-02-05-20&ifi=3&uci=a!3&btvi=3&fsb=1&xpc=UOFEe3XenG&p=http%3A//www.msembrasilia.com&dtd=M

Teixeira ve poucas chances de o ex-secretário de Estado Marcelo Miglioli (Solidariedade) disputar o Senado. “A campanha dele para a Prefeitura de Campo Grande foi frustrante. O Senado exige musculatura. O que aconteceu com Soraya Thronicke não se repetirá nas próximas décadas, de sair das últimas posições para a segunda em menos de semana”, observa.

Deputado Luiz Ovando: perfil para o Senado

Sobre o promotor Sérgio Harfouche (Avante), o jornalista tem visão clara sobre o futuro dele. Harfouche – diz — precisa decidir se quer continuar no Ministério Público ou buscar a vida política. “As decisões judiciais contrárias aos interesses dele estão claras. Ele não pode sair candidato, ocupando o cargo de promotor. Caso insista, irá se desgastar ainda mais”, avalia.

Com informações do site MS em Brasilia

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