Dois dias após a divulgação de levantamento inédito feito com base em dados do Ministério da Saúde que apontam a detecção de 27 agrotóxicos entre os anos de 2014 e 2017 na água considerada potável que abastece Dourados, a Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) divulgou nota na qual descarta haver “vestígio de resíduos químicos ou grau de contaminação que pudesse superar o Valor Máximo Permitido” pela legislação nacional.
Na publicação divulgada quarta-feira (17), afirmou considerar “que as recentes reportagens veiculadas na mídia utilizaram informações do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), mas, percebe-se claramente, de forma bastante superficial. O estudo como se sabe é amplo, complexo e exige avaliações mais aprofundadas e criteriosas por parte de todos os envolvidos e interessados”.
A nota faz referência à reportagem publicada segunda-feira (15) pelo Portal UOL, fruto de investigação conjunta entre Repórter Brasil, Agência Pública e Public Eye, uma organização suíça. Com dados de 854.140 testes realizados no Brasil inteiro de 2014 a 2017 por meio do Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano), a matéria diz que “uma a cada quatro cidades tem água considerável potável contaminada”.
No entanto, a Sanesul garantiu manter “os padrões de qualidade exigidos pela legislação brasileira que determina os parâmetros da potabilidade da água utilizada para abastecimento público e monitora com rigor, a captação, tratamento e distribuição de toda a água que fornece diariamente a seus clientes”.
“A Empresa possui um laboratório Central onde processa as análises de maior complexidade e 10 Laboratórios Regionais onde são realizadas as análises de maior frequência”, informou.
Ainda na nota, a Sanesul explicou que “para controle dos padrões de potabilidade da água, a empresa mantém além do laboratório central, localizado na capital outras dez regionais instaladas nas cidades de Aquidauana, Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas”. “Nessas localidades são processadas mensalmente mais de 8 mil análises microbiológicas e físico químicas, que asseguram a manutenção dos padrões estabelecidos pela legislação. Além disso, em cada uma das localidades são realizadas analises de controle operacional”, pontuou.
“A Sanesul ressalta ainda que em nenhuma das análises realizadas em seus laboratórios, fora detectado qualquer vestígio de resíduos químicos ou grau de contaminação que pudesse superar o Valor Máximo Permitido (VMP) pela Portaria de Consolidação 5, anexo XX, do Ministério da Saúde”.
Na publicação do UOL, foi possível apurar que em Dourados houve indicação de 27 agrotóxicos na água que abastece sua população, 11 deles associados a doenças crônicas como câncer, defeitos congênitos e distúrbios endócrinos, Alaclor, Atrazina, Carbendazim, Clordano, DDT+DDD+DDE, Durion, Glifosato, Lindano, Mancozebe, Permetrina e Trifluralina.
Houve menção a outras 16 substâncias, 2,4D+ 2,4,5T, Aldicarbe, Aldrin, Carbofurano, Clopirifós, Enossulfan, Endrin, Metamidofós, Metolacloro, Molinato, Parationa Metílica, Pnedimentalina, Profenofós, Simazina, Tebuconazol, e Terbufós.
Confira a nota da Sanesul na íntegra:
Sanesul garante que investimentos em novas tecnologias e equipamentos garantem qualidade da água que distribui A Sanesul – Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul e que mantém atualmente operações em 68 municípios do Estado, tem investido em tecnologias inovadoras, produtos, equipamentos e em testes diários que asseguram a qualidade da água distribuída à população nas 128 localidades onde opera.
A Companhia mantém os padrões de qualidade exigidos pela legislação brasileira que determina os parâmetros da potabilidade da água utilizada para abastecimento público e monitora com rigor, a captação, tratamento e distribuição de toda a água que fornece diariamente a seus clientes.
A Empresa possui um laboratório Central onde processa as análises de maior complexidade e 10 Laboratórios Regionais onde são realizadas as análises de maior frequência.
Para controle dos padrões de potabilidade da água, a empresa mantém além do laboratório central, localizado na capital outras dez regionais instaladas nas cidades de Aquidauana, Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas. Nessas localidades são processadas mensalmente mais de 8 mil análises microbiológicas e físico químicas, que asseguram a manutenção dos padrões estabelecidos pela legislação. Além disso, em cada uma das localidades são realizadas analises de controle operacional.
A Sanesul ressalta ainda que em nenhuma das análises realizadas em seus laboratórios, fora detectado qualquer vestígio de resíduos químicos ou grau de contaminação que pudesse superar o Valor Máximo Permitido (VMP) pela Portaria de Consolidação 5, anexo XX, do Ministério da Saúde.
Como forma de garantir transparência, a Sanesul disponibiliza aos seus consumidores, o resultado de suas análises que é impresso nas contas de água enviadas às residências. O cidadão pode ainda acessar os dados a qualquer momento, no site da SISAGUA – (http://dados.gov.br/dataset/controle-semestral).
A Sanesul considera que as recentes reportagens veiculadas na mídia utilizaram informações do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), mas, percebe-se claramente, de forma bastante superficial. O estudo como se sabe é amplo, complexo e exige avaliações mais aprofundadas e criteriosas por parte de todos os envolvidos e interessados.
A Sanesul reitera seu compromisso com a qualidade da água que capta, trata e distribui e reafirma que seus laboratórios segundo rigorosamente todas as normas estabelecidas e que estão em vigor no país.