Imbróglio econômico e judicial para o governo de Mato Grosso do Sul, o Aquário do Pantanal, cuja obra se arrasta há cerca de seis anos, está entre as prioridades do futuro vice-governador e secretário de Estado de Infraestrutura, Murilo Zauith (DEM), a partir de 1º de janeiro de 2019. Além da conclusão da polêmica obra, o democrata também afirma que a continuidade de ações no setor da atual gestão –como recuperação de estradas e substituição de pontes de madeira pelas de concreto– serão realizadas. Murilo espera discutir detalhes do cronograma de ações já nesta segunda-feira (31), em reunião com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), com quem compor a chapa vencdedora das eleições de outubro. “Pretendo conversar com ele antes de nossa posse, na terça-feira, mas posso dizer que considero uma prioridade terminar o Aquário, que é uma obra emblemática para o Estado”, destacou o vice-governador eleito. Iniciado na gestão do ex-governador André Puccinelli (MDB) –de quem Murilo foi vice entre 2006 e 2010–, o futuro titular da Seinfra reconhece os problemas que pairam sobre o empreendimento. Mas, assim como Reinaldo, aponta o prejuízo ao dinheiro público representado pela não conclusão do Aquário. “Sei o que já foi colocado em recursos públicos lá. E Campo Grande não merece ter uma obra desse porte paralisada”, destacou. Na quinta-feira (27), durante evento no Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), Reinaldo destacou que a pendência judicial envolvendo a conclusão do aquário foi “equacionada”, com uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado isentando a atual administração de responsabilidades por problemas causados na obra na gestão anterior. Com isso, espera-se realizar a licitação para terminar o Aquário do Pantanal em janeiro. Impasse – Anunciado em 2011 como empreendimento com fundos turístico e de pesquisa, o Aquário do Pantanal teria um custo inicial de R$ 80 milhões. A Operação Lama Asfáltica, porém, apontou uma série de suspeitas de irregularidades no empreendimento, cujo custo final chegou à casa dos R$ 220 milhões. A obra foi subempreitada em 2014 da Egelte, vencedora da licitação, para a Proteco.

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