Delegado concluiu inquérito e indiciou policial militar que efetuou disparo fatal com briga encerrada por homicídio

O assassinato do bioquímico Julio Cesar Cerveira Filho, de 43 anos, ocorreu por causa de briga motivada pela ocupação indevida de uma poltrona em sala de cinema com 219 lugares vagos. A vítima foi morta em Dourados no início deste mês com um tiro disparado pelo policial militar Dijavan Batista de Souza, de 37 anos, preso desde então e indiciado nesta semana pela prática de homicídio. Finalizado na quinta-feira (18) pelo delegado Francis Flávio Tadano Araújo Freire, da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Dourados, o inquérito colheu depoimento de 20 testemunhas, teve oito perícias 13 diligências realizadas, além de contar com análise das imagens de câmeras de vigilância fornecidas pela empresa que administra o cinema do shopping. A investigação sobre o homicídio ocorrido às 14h15 do dia 8 de julho na sala 1 do cinema, que exibia filme infantil, concluíram ter ficado provado “que a morte da vítima Julio Cesar deu-se por traumatismo crânio encefálico produzido por projétil de arma de fogo”. “Ficou esclarecido que ocorreu um único disparo a curta distância”, detalha o inquérito. O delegado menciona ainda que as imagens disponibilizadas pelo cinema ratificaram as provas testemunhais de que, antes do disparo, a vítima teria agredido fisicamente o autor. Essa versão foi mantida pelo policial desde a prisão em flagrante.   “O indiciamento inicial pelo crime de homicídio foi mantido ao final do inquérito, haja vista a existência da versão que o disparo da arma de fogo ocorreu quando a contenda tinha momentaneamente se encerrado”, pontuou o delegado. Em outros detalhes apurados na investigação, é possível entender que a morte ocorreu por causa de briga motivada pela ocupação indevida de uma poltrona em sala de cinema com 219 lugares vagos. Policial militar há 15 anos, Dijavan estava lotado na PMA (Polícia Militar Ambiental) de Dourados, onde chegou a permanecer preso na semana do crime. Contudo, foi transferido para o Presídio Militar de Campo Grande por determinação judicial, que converteu a prisão em flagrante para preventiva. A arma utilizada no crime, uma pistola Smith Wesson, calibre .40, não tem registro, conforme o boletim de ocorrência. Questionado pelo delegado Rodolfo Daltro sobre o motivo de portar uma arma sem registro, o policial argumentou ser herança do pai, bombeiro da reserva falecido há dois anos, e disse usá-la de vez em quando por ser leve e portátil. Ele justificou que a pistola disponibilizada pela PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), uma IMBEL MD7, “é extremamente pesada e grande”. (Com informações de André Bento)

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