A drenagem do lago principal do Parque das Nações Indígenas para a retirada dos sedimentos revelou problemas estruturais na mureta de contenção das margens, chamada de gabião. A tela que serve para reter o muro de pedras se rompeu em vários pontos e terá que ser consertada antes da recomposição das águas do lago. O problema foi constato pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck durante vistoria ao local na semana passada. “Durante a retirada das águas foi percebido a necessidade de fazer um reforço no gabião à jusante (abaixo da barragem). A Agesul, rapidamente, já executou um pré-projeto, e essa reunião técnica no local foi para avaliar se o pré-projeto tem as condições técnicas adequadas para fazer a manutenção e o reforço do gabião no lago. Isso será feito com recursos do Imasul, vamos fazer rapidamente a licitação para executar esses serviços antes da recomposição das águas”, disse. O secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos do município, Rudi Fiorese, e o secretário adjunto Ariel Serra, assim como o gerente de Unidades de Conservação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Leonardo Tostes Palma, acompanharam Verruck na vistoria. As obras de desassoreamento dos lagos do Parque das Nações Indígenas estão sendo executadas pela Prefeitura, em convênio com o Governo do Estado, que repassou R$ 1,5 milhão ao município para custeio. A previsão é retirar 140 mil metros cúbicos de sedimentos que se acumularam nos dois lagos – o principal e o secundário – arrastados pelas águas das chuvas. Rudi Fiorese disse que as obras seguem em ritmo bem adiantado, “mais rápido do que estava previsto”, e a expectativa é de que até o fim do mês o trabalho de retirada dos sedimentos seja concluído. O lago secundário já foi completamente desassoreado e está recomposto. Esse lago tem a função de reter os sedimentos, impedindo que cheguem ao lago principal.

O Governo do Estado elabora projeto de recomposição das nascentes do córrego Joaquim Português (foto: Chico Ribeiro)

Jaime Verruck salientou, ainda, que até o fim do mês fica pronto o projeto para recomposição das nascentes do córrego Joaquim Português, localizado no interior do Parque Estadual do Prosa. Esse trabalho será executado pelo Governo do Estado. O assoreamento no Joaquim Português é um dos responsáveis pelo acúmulo de sedimentos no lago principal do Parque das Nações Indígenas. As margens do córrego cederam pela força da enxurrada que desce da parte alta daquela região e todo esse material acaba se acumulando no lago. “Assim que o projeto for entregue, no fim do mês, saberemos que tipo de intervenção será necessária nas nascentes do Joaquim Português para cessar o assoreamento. Fora isso, o que podemos constatar é que as obras estão em ritmo bem adiantado e logo a população de Campo Grande terá de volta o lago do Parque das Nações Indígenas”.

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