Realmente em três anos de mandato, a prefeita de Dourados Délia Razuk (PTB) administra a todo momento as armadilhas ocasionadas pela “herança maldita” deixada pela gestão anterior (2011/2016), os resultados desastrosos do mandato de vários prefeitos aos poucos estão vindo a tona, inclusive no ano passado a escassez de recursos obrigou o Município até escalonar os salários dos servidores públicos.
Entre 2013 a 2016, a cidade contraiu um empréstimo junto ao Tesouro Nacional no valor de R$ 104,8 milhões para os cidadãos pagarem pelos próximos 20 anos. O resultado foi que a prefeita Délia encontra dificuldades em quitar a dívida junto a Caixa Econômica, o que está comprometendo mensalmente as finanças locais.
Cabe ressaltar que ao contrair este financiamento, a gestão anterior precisou dar uma garantia. Isso ele fez com autorização da Câmara Municipal, onde neste época as negociações foram intermediadas pelo vereador Madson Valente, líder do prefeito na Casa, este que convenceu os demais colegas parlamentares na aprovação do Projeto de Lei nº 74/2013. Como consequência se não conseguir pagar o empréstimo, Dourados deixará de receber o já reduzido FPM (Fundo de Participação dos Municípios), fonte de recursos federais fundamental para um município com fraca arrecadação própria, o que levou Délia a escalonar salários, bloquear as contrapartidas em emendas parlamentares Estaduais e Federais nas áreas da saúde e educação, prorrogando a ativação de novos Centros de Educação Infantil (Ceim) e devolvendo recursos destinados a construção de postos de saúde, por exemplo.
A gestão anterior não pagou um único centavo dessa dívida, pois a Caixa Econômica deu uma carência de 18 meses para o início dos pagamentos, ou seja, somente em 2017 ao assumir o mandato de prefeita, é que Délia Razuk está honrando a sua quitação mensal.
Prometendo 100% de asfalto na cidade durante a campanha nas eleições 2012, o antigo gestor utilizou esses recursos em obras parciais de infraestrutura, mas não disse aos munícipes que o dinheiro é fruto de um financiamento da Caixa Econômica que custa atualmente juros anuais superiores a R$ 2,7 milhões.
Segundo a Rádio 94 FM informou na época, o dinheiro do financiamento consolidado em 2014 não foi dado, a verba não teve origem em emendas parlamentares articuladas por ele em Brasília. Não foi um recurso federal destinado a benfeitorias sem ônus aos moradores. Todo esse montante foi empresado pela Caixa Econômica Federal, um banco que, embora seja estatal, não faz filantropia com Dourados. O que emprestou para o município na ocasião, está sendo pago e com juros pela atual prefeita Délia.
Naquele período, o próprio superintendente estadual da Caixa em Mato Grosso do Sul, Paulo Antunes Siqueira, afirmou que os R$ 49,9 milhões que a Prefeitura de Dourados pegou emprestado deverão ser pagos em 240 meses (20 anos). Além disso, foi rigorosamente acrescida uma taxa de juros anual de 5,5%, que vai chegar a R$ 2.745.108,46 por ano.
Portando, graças a gestão anterior em 20 anos os douradenses já terão pago R$ 54.902.169,20 só de juros. O deputado estadual Neno Razuk (PTB) utilizou a tribuna da Assembléia Legislativa recentemente dizendo que nenhum prefeito suportaria a situação lastimável em que se encontra as finanças da Prefeitura de Dourados, é preciso fazer milagres para manter os serviços essenciais, inclusive no Hospital da Vida que é porta aberta 32 municípios da região Sul.
Com informações do MGSNews