A Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) – olimpíada experimental que consiste em construir e lançar, obliquamente, foguetes a partir de uma base de lançamento, vem despertando o interesse de alunos das escolas estaduais do MS para a modalidade científica. Foguetes e bases de lançamentos são construídos por alunos, individualmente ou em equipes de até três componentes.

Na Escola Estadual Vereador Kendi Nakai, de Paraíso das Águas, uma das cinco instituições que participam da Feira, o resultado do envolvimento de estudantes e professores vem gerando visibilidade, inclusive fora do MS. Os estudantes Allison Bernardo e Wender Reis, por exemplo, foram campeões da Jornada de Foguetes, na edição de 2019.  O foguete atingiu a altura máxima, 161,3 metros. Na terceira participação na Mobfog, no ano passado, a escola foi vice-campeã do evento realizado no Rio de Janeiro. “A nossa escola sempre esteve à frente de projetos voltados para o protagonismo do aluno, temos muito incentivo por parte da direção”, diz a professora de geografia, Célia Souza.

A Escola Estadual Fernando Corrêa da Costa, de Rio Brilhante também está posicionada entre as equipes com os melhores resultados na Mostra, a escola estimula – com frequência – a participação na Mobfog. Por lá, o projeto de construção de foguetes já é algo tradicional e, nos últimos oito anos, é coordenado pelo professor de Física, Cleber Aparecido de Sousa Silva, que “recruta” os alunos interessados a participar no projeto.

“As expectativas são sempre de boas apresentações uma vez que todos os nossos alunos realizam anualmente diversos projetos, que são plenamente incentivados pela direção e coordenação sem medir esforços. A participação deste evento nos traz muita alegria e motivação para evolução dos nossos projetos”, disse Cleber.

Criatividade e garrafa Pet fazem foguetes e rendem prêmios

Coordenador do Clube de Ciências (criado este ano em parceria com a professora Sthefany Cruz), e orientador de projetos do Centro de Educação Profissional Profa. Maria de Lourdes Widal Romao jovem professor Murilo Nunes é um entusiasta do experimento com foguetes. Para ele, o projeto desperta nos alunos a autoconfiança através da capacidade de realizar algo importante. “Pegar uma garrafa pet, alguns canos e fazer isto voar por 30, 40, 80 metros, podendo chegar até 200 metros, é uma realização para estes alunos”, explica Murilo.

Professor Murilo Nunes coordena o Clube de Ciências no Centro de Educação Widal Roma

E foi um artefato criado com garrafa pet que ganhou Menção Honrosa na MObFog de 2019. O foguete inscrito subiu 120 metros, graças a um procedimento prosaico – mas de caráter científico: ele é inflado com uma bombinha de encher pneu de bicicleta e depois coloca-se um pouco de água na parte superior da garrafa, o que dá impulso. O trabalho foi realizado por três alunos: Josué, Dayse e João Victor, sob orientação de Murilo.

A Escola Estadual também já ganhou a medalha de bronze nas Olimpíadas Nacional de Astronomia e Astronáutica (OBA), com o trabalho do estudante Rafael Flores. E não para por aí. Um grupo de sete (7) alunos apresentou três (3) projetos científicos no evento chamado Experiência Beta, que acontece no Rio Grande do Sul. Os trabalhos apresentados em 2019 foram de altíssimo nível: Fotossíntese Artificial (que ganhou o Prêmio de Ideia Inovadora); Estudo da Pseudociência – A relação entre o ensino da ciência e a crença de pré-adolescentes em pseudociências. Um estudo estatístico feito em escolas públicas de Campo Grande; e Vida em Outros Planetas.

Para o diretor do Centro Educacional, Wilson da Rocha Rodrigues, com tantos projetos bem-sucedidos a Escola começou a ser vista por dentro. “Nossos alunos são bem focados”, elogia. Divulgar a ciência e o trabalho feito pela Escola, segundo alunos e  professores, é mais relevante que as premiações.

Interior do Estado também entra na corrida

A Escola Estadual Fernando Corrêa da Costa, de Rio Brilhante, também está posicionada entre as equipes com os melhores resultados na Mobfog. Por lá, o projeto de construção de foguetes já é algo tradicional e, nos últimos oito anos, é coordenado pelo professor de Física, Cleber Aparecido de Sousa Silva, que “recruta” os alunos interessados a participar no projeto.

“As expectativas são sempre de boas apresentações uma vez que todos os nossos alunos realizam anualmente diversos projetos, que são plenamente incentivados pela direção e coordenação sem medir esforços. A participação deste evento nos traz muita alegria e motivação para evolução dos nossos projetos”, disse Cleber.

Em Aral Moreira, a Escola Estadual Dr. Fernando Correa da Costa organizou, no dia 29 de novembro, no campo municipal, a X edição da Olimpíada de Lançamento de Foguetes Caseiros em Aral Moreira, considerado o maior evento científico da região fronteiriça. A Olimpíada foi criada como uma alternativa de estimular as aulas de física e, todos os anos, mobiliza centenas de alunos, professores, pais de alunos, além da comunidade local. 

O professor Djalma Santos explica que o projeto surgiu com o intuito de estimular os alunos a participarem mais das aulas de física. “Foi uma forma que pensamos de despertar nos estudantes o interesse e o prazer de apreender mais e melhor a disciplina. Considero ser uma prática diferenciada e inovadora de ensinar a física”, pontua. 

Os estudantes José Leandro de Souza e Josseles Francisco da Silva Junior, do curso Técnico em Agropecuário, da Escola Estadual Professor José Pereira Lins, de Dourados, conquistaram o segundo lugar na Feira Cientifica e Tecnológica da Grande Dourados (FECIGRAN), com o projeto “Chocadeira Elétrica Sustentável”, desenvolvido e orientado pela professora Ana Paula Sacco e coorientado pela professora Walquíria Bigatão Ramos.

Entusiasmado com a premiação, Josseles ressalta a importância de ter conquistado prêmio em um evento dessa envergadura. “A Feira foi uma experiência nova, pois tivemos a oportunidade de conhecer projetos de várias áreas, e o projeto realizado foi uma experiência de trabalho em equipe fantástico”, enfatiza.

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