Completar os 21 quilômetros da Meia Maratona Internacional de São Paulo já será um grande desafio para os cerca de 7,5 mil atletas participantes, segundo previsão dos organizadores da prova. Outro será superar os adversários, entre eles o calor. Nesta quinta-feira (30), durante a retirada dos kits, grande parte dos competidores reconheceu que a dificuldade será ainda maior. A prova terá transmissão ao vivo da TV Brasil, domingo (2), a partir das 6h15. A disputa nas ruas da capital paulista tem início às 6h28, com a largada do pelotão de cadeirantes. Às 6h30, será a vez dos grupos de elite masculino e feminino. Os demais competidores e os atletas que correrão a prova de 5 quilômetros saem às 6h35.

Segundo o site Climatempo, especializado em meteorologia, a previsão é que a temperatura no domingo varie de 20 a 22 graus entre 6h e 8h, período em que a prova será disputada. Já a expectativa é que a umidade relativa do ar supere 90%. Segundo Diego Leite de Barros, fisiologista do esporte do Hospital do Coração de São Paulo (HCor), isso merece atenção dos competidores.

“O problema de altas umidades é que a transpiração fica dificultada. O benefício do resfriamento da pele quando a pessoa sua, quando evapora a gota de suor, acaba reduzido. Quando a eficiência na transpiração é menor, a sensação de esforço e cansaço pode ficar maior, com a impressão de que o calor está mais forte. Aí, obviamente, você tem queda no desempenho físico e aumento na desidratação”, explicou.

Segundo ele, além de priorizar roupas leves, que facilitem a transpiração, os atletas precisam tomar bastante água durante a prova. A organização terá 12 postos espalhados pelos 21 quilômetros, sendo 11 no percurso e um na chegada – mesmo lugar da largada –, na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu. Confira aqui o local dos postos.

Nesta quinta-feira (30) teve início da distribuição dos kits da prova aos participantes. Ele inclui itens como toalha, bolacha e macarrão, além do chip para cronometragem de tempo, e segue nesta sexta-feira (31), das 11h às 20h, e no sábado (1), das 11h às 18h, na Avenida Paulista, 854, na Bela Vista.

Edilson dos Santos Souza foi um dos primeiros a chegar ao local. Concluir a prova será apenas uma das missões dele na Meia Maratona. Além de auxiliar de logística, ele é atleta-guia de Edneusa Dorta, medalhista de bronze na maratona para corredores com deficiência visual na Paralimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.

“A responsabilidade é muito grande. Tenho que passar o maior número de informações do que acontece na prova, para ela absorver. Não posso errar no percurso e nem passar acima do ritmo. Tem que estar concentrado, não sair da sincronia e ficar sempre ao lado dela”, destacou.

A retirada dos primeiros kits reuniu atletas de diferentes faixas etárias e motivações. “Comecei a correr há 14 anos. Nunca tinha praticado esportes. Depois, vi os benefícios que [a corrida] trouxe para mim em termos de saúde. Acabei me apaixonando”, revelou a aposentada Marisa Hashimoto.

“Essa é uma prova muito desafiadora, difícil”, contou a vendedora Eliana Zungalo, que competirá na Meia Maratona pela terceira vez junto do marido. “Éramos muito gordinhos. Começamos [a correr] para perder peso. Para encarar o primeiro quilômetro, levaram dois meses (risos). Agora, já enfrentamos 21, 42 e, se Deus quiser, em outubro, vamos para [uma prova de]) 75 quilômetros”, completou.

Entre os homens, o destaque é o queniano Edwin Rotich, bicampeão da Corrida de São Silvestre (2012 e 2013). No feminino, a ugandense Emily Chebet, vice-campeã da Volta Internacional da Pampulha, é uma das candidatas na competição deste domingo. Os principais nomes brasileiros vêm de Minas Gerais: Giovani dos Santos, bicampeão da Meia Maratona Internacional de São Paulo (2014 e 2016), Adriana Domingos da Silva, segunda na Maratona de Curitiba (2013) e Larissa Quintão, quinta na Meia Maratona do ano passado.

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