
Uma pesquisa ainda em andamento, realizada por arqueólogos do instituto Mamirauá, aponta mais de 20 ilhas artificiais construídas por indígenas em áreas de várzeas na região do Médio e Alto Solimões, na Amazônia.
Os trabalhos começaram há cerca de cinco anos, quando as primeiras ilhas foram descobertas dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, por indicação de um ribeirinho.
O arqueólogo do Instituto Mamirauá, Márcio Amaral, explica o que são essas ilhas datadas de períodos pré coloniais.
Nas ilhas também foram encontradas cerâmicas do estilo corrugado, caracterizado esteticamente pelas ‘rugas’, camadas que são modeladas nos vasos e peças. O estilo cerâmico datado do século XVe XVI é comum a grupos tupis.
De acordo com o pesquisador, as ilhas podem ter sido construídas por indígenas omáguas, ascendentes dos atuais kambebas, grupo indígena com aproximadamente 1.500 indivíduos.
Os pesquisadores ainda devem voltar ao conjunto de ilhas para continuar as pesquisas, mapeando e ampliando o levantamento das ilhas artificiais.
Os campos de pesquisa contam com apoio do ICMBio, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
