Duas das quatro comissões processantes instaladas na Câmara de Vereadores no dia 4 de fevereiro deste ano em Dourados, se manifestaram pelo arquivamento do pedido de cassação de Idenor Machado (PSDB) e Denize Portolann (PR). As comissões que analisam os pedidos de cassação de Pastor Cirilo Ramão (MDB) e Pedro Pepa (DEM) ainda não entregaram o parecer. O prazo termina hoje (11).
Preso na Operação Cifra Negra acusado de liderar o esquema de propina paga por empresas de tecnologia contratadas a preços superfaturados pelo Legislativo, Idenor está preso na PED (Penitenciária Estadual de Dourados) desde 30 de janeiro.
Já Denize Portolann, presa há quase cinco meses no presídio feminino de Rio Brilhante, é ré na Operação Pregão, que desvendou um esquema de corrupção no setor de licitações da prefeitura. A acusação se refere ao período em que ela foi secretária municipal de Educação, de 2017 a 2018.
O presidente da Câmara Alan Guedes (DEM) disse que a expectativa é que as outras duas comissões também apresentem parecer pelo arquivamento do pedido de cassação de Cirilo e Pepa.
As quatro comissões são comandadas por vereadores da base aliada da prefeita Délia Razuk (PR). Os quatro acusados — afastados dos cargos desde o fim do ano passado — fazem parte do mesmo grupo. Das 12 vagas nas quatro comissões, 11 são ocupadas por integrantes da tropa de choque da prefeita. A escolha foi por sorteio.
A denúncia contra Idenor é conduzida por Janio Miguel (PR), Junior Rodrigues (PR) e Cido Medeiros (DEM). Junior foi o relator que emitiu parecer pelo arquivamento do pedido de cassação, feito por várias entidades de Dourados.
A comissão processante que analisa a denúncia contra Denize Portolann tem presidente Romualdo Ramim (PDT), como relator Mauricio Lemes Soares (PSB) e como membro Alberto Alves dos Santos, o Bebeto.
Segundo o Campo Grande News, Mauricio confirmou ter apresentado o parecer, mas não quis revelar o teor. Já o presidente da Câmara disse que o parecer é pelo arquivamento.
Apesar de as comissões defenderem o arquivamento, a decisão caberá ao plenário, quando todos os vereadores devem votar se acatam ou não a decisão inicial da comissão. Se o parecer for mantido, o pedido de cassação será arquivado. Se a maioria decidir derrubar o parecer, os processos de cassação continuam. (O Vigilante)